Prof. Dr. Fábio Villaça atua na área acadêmica como docente na FAMEMA desde 1984, obtendo desde então os títulos de Mestre e Doutor em cardiologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu/UNESP.
Nos últimos 15 anos vem desenvolvendo pesquisa com a equipe de Hematologia da FAMEMA, nos pacientes, crianças e adultos, acometidos de câncer em tratamento com quimioterapia, procurando detectar a presença de disfunção cardíaca provocada pelo tratamento dessas doenças pela quimioterapia, por meio da ecocardiografia.
O médico ressalta a importância dessas pesquisas, pois um número considerável de pacientes foram curados de câncer pelas antraciclinas, bastante utilizadas pela elevada eficácia no tratamento desses pacientes, mas podem desenvolver durante e mesmo anos após terminado o tratamento, a agressão silenciosa do músculo cardíaco. A principal consequência é o aparecimento da insuficiência cardíaca, que se manifesta como fadiga aos esforços e inchaço nas pernas após o término da quimioterapia, complicação essa grave e irreversível na maioria dos casos.
Assim a ecocardiografia nos fornece importantes informações do desempenho do músculo cardíaco, auxiliando oncologistas e cardiologistas na detecção precoce dessas alterações antes mesmo do aparecimento dos sintomas, permitindo o tratamento precoce. Tais estudos resultaram em 2 publicações originais nas revistas American Journal of Cardiology setembro de 2007 e Pediatric Bood & Cancer em dezembro de 2011, bem como o convite para atuar como revisor de publicações na prestigiada revista American Journal of Cardiology. Atualmente nosso grupo de cardiologistas que atua no setor de ecocardiografia, composto pelos médicos Prof Dr Alexandre Rodrigues, Fernanda Vilela e João Saes Braga, tem desenvolvido um trabalho em conjunto com os oncologistas da Santa Casa de Marília, nas pacientes que apresentam câncer de mama e que vão ser submetidas a quimioterapia. Ressalta o médico, que o ultrassom do coração realizado antes do início da quimioterapia e durante o tratamento, tem podido identificar com as novas técnicas utilizadas, alterações mínimas no músculo cardíaco e com isso, orientar uma modificação do esquema utilizado para o tratamento do câncer.
Assim, é possível evitar que o paciente que tem tido uma boa resposta ao tratamento do câncer, venha a desenvolver futuramente graves complicações cardíacas, ressalta o médico.
Médico Fábio Villaça destaca importância da pesquisa
18 de fevereiro de 2012